Lucas Santtana mostra faixa-a-faixa seu e elogiado álbum "Sem Nostalgia"
Destaque entre os novos músicos da música brasileira, Lucas Santtana acaba de lançar seu quarto álbum, "Sem Nostalgia", em que renova sonoridades do clássico banquinho e violão brasileiros. Elogiado pela crítica e com show marcado no Studio SP em 1º de outubro, Lucas comenta faixa-a-faixa deste seu ótimo trabalho. Leia a seguir e ouça no myspace.com/santtana.
Junta dub jamaicano, e o som do Brasil e a cabeça conectada ao mundo, o cantor e multiinstrumentista baiano Lucas Santtana é um dos mais promissores talentos da música nacional.
Seu CD "3 Sessions in a Greenhouse", terceiro de sua carreira, gravado com a banda Seleção Natural em três sessões ao vivo, é um dos mais legais da nova safra de lançamentos. "A idéia era capturar o clima dos shows, mas com qualidade de estúdio", conta Lucas.
"Minha música é brasileira, afinal foi produzida aqui, mas prefiro chamar de multicultural. Depois da Internet, não existem mais fronteiras. Tem gente que faz som brasileiro em outros lugares do mundo e vice-versa", explica Lucas, que adora ouvir bandas independentes contemporâneas.
Cidadão Instigado, Hurtmold, Nação Zumbi e Wado estão entre seus favoritos ao lado de projetos de música eletrônica, bandas de rock e Dorival Caymmi, um clássico da música brasileira e baiana.
Em seu site Diginois, selo e página que ele mesmo atualiza com novidades suas e da música independente, ele conquistou elogios dos críticos do "The New York Times". "O senhor Santtana é um músico plenamente cosciente de suas coordenadas culturais", definiu o crítico Ben Ratliff no jornal.
"Minha página não é apenas um site de artista, mas um ponto de convergência", define. Para ele, as grandes gravadoras precisam aprender a trabalhar com públicos específicos. "Eles querem divulgar minha música da mesma forma que fazem com Sandy & Junior. Não adianta pôr todo mundo no Faustão ou na Hebe", afirma.
Seu trabalho é registrado no Creative Commons, para que todos possam usar as bases de sua músicas. As faixas são disponibilizadas gratuitamente para download de quem quiser. "Letras, faixas abertas, novas mixes. Participe da evolução desse trabalho", convida o artista, na capa do álbum.
No Rio, ele comanda uma versão brasileira das soundsystems jamaicanas, a Sensorial Sistema de Som, com o músico inglês David Cole. "Durante o verão, toco sempre no [posto] Nove e Meio", completa Lucas.
Sua primeira atividade musical foi como flautista na escola de música da Universidade Federal da Bahia. Seu currículo inclui participações na banda de Gilberto Gil, com quem gravou o álbum "Unplugged", e no disco "Afrociberdelia", de Chico Science; mais violão e a guitarra, em "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor", de Marisa Monte; e composições para gente como Daniela Mercury, Fernanda Abreu, Marisa Monte e Davi Moraes.
Tracklist:
1. "Super Violão Mashup".
2. "Who Can Say Which Way" - com a banda Do Amo. Produzida por mim e Chico Neves.
3. "Night Time in The Backyard" - Um dos hits do disco e uma das três parcerias com Arto Lindsay . Produzida por mim e GM (Gil Monte).
4. "Cira Regina e Nana" - Melodia a lá Jorge Ben ganha batida afrobeat. Participação de Curumin e produzida por mim e Buguinha Dub.
5. "Recado para Pio Lobato" - Parceria com Regis "Mr. Spaceman" Damasceno que tocou o violão de 12 solo.
6. "Hold Me In" - Banco de harmônicos do violão tocados na MPC. Produzida por mim e Berna Ceppas.
7. "Amor em Jacumã" - O samba praieiro ganhou ecos e delays de Buguinha Dub.
8. "I Can't Live Far from My Music" - Misto de funk e dance hall com um momento Radiohead.
9. "Cá pra Nós" - Parceria com Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta.
10. "O Violão de Mario Bros" - Traz sampler de Novos Baianos, João Gilberto, Gilberto Gil e Tom Zé entre outros.
11. "Ripple of The Water" - "Essa faixa foi gravada à noite dentro da floresta do Jardim Botânico com sistema binaural de captação sonora.
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