sexta-feira, 11 de julho de 2008

Areia, berço de José Américo

O escritor José Américo de Almeida


Areia, berço de José Américo
Principal município do Brejo Paraibano, Areia surgiu como povoado em 1625. É a cidade natal do pintor Pedro Américo, do escritor José Américo de Almeida e do Padre Azevedo, inventor da máquina de escrever. Fica a 120 quilômetros da Capital, João Pessoa. Com cerca de 30 mil habitantes é uma pacata cidade do interior e possui vários prédios tombados pelo patrimônio histórico: A Igreja de N. S. do Rosário dos Pretos (do século XVII, construída pelos escravos), o Teatro Minerva (1859, edificado pelas famílias de maior poder aquisitivo da época, daí sua denominação original: Teatro Particular ); a Igreja Matriz, o Casarão de José Rufino (influente Senhor de Engenho), a Biblioteca José Américo de Almeida, o Museu Regional de Areia e o Museu-Casa do pintor Pedro Américo, além da Reserva Florestal do Pau-Ferro e do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, antiga Escola de Agronomia do Nordeste, primeiro campus universitário de todo o interior do Nordeste. A primeira cidade do Brasil a libertar seus escravos, antes mesmo da Lei Áurea.



Areia reserva para o visitante outra grata surpresa: A cidade possui na zona rural mais de 20 engenhos que fabricam aguardente-de-cana, mel e rapadura num ambiente de muito verde, vales férteis, riachos com cachoeiras de águas cristalinas e clima europeu. No verão a temperatura fica entre 20º e 25º C. A altitude é de aproximadamente 620 metros. Leve seu equipamento de filmagem ou máquina fotográfica. O roteiro é deslumbrante e o turista pode obter imagens inesquecíveis, visitando a região que é considerada a Suiça Paraibana, cenário do romance A Bagaceira e da Revolta do Quebra-Quilos.

Histórico Areia-PB
Areia já contabiliza mais de três séculos de história e mais de 160 anos de Emancipação Política. É o município da Paraíba que tem se destacado historicamente, tanto nas manifestações artísticas, como na política, também em virtude de sua privilegiada visão orográfica.

No município de Areia surgiram diversos artistas dos mais diversos segmentos culturais, a exemplo das Artes Plásticas, Literatura, Danças Folclóricas, Política. Areia se destaca como uma cidade de personalidades ilustres, como governadores do Estado da Paraíba e artistas que atravessaram fronteiras internacionais. O grande reconhecimento fica por conta de José Américo de Almeida na Literatura Brasileira e na Pintura Internacional de Pedro Américo. Ainda no séc. XIX Pedro Américo, pintor, musicista, escritor e cientista, percorreu vários países sob o apoio do então imperador Dom Pedro II, que reconhecia no jovem areiense qualidades dignas de uma arte de primeira.
É na cidade de Areia que hoje abriga boa parte de um rico acervo de obras do pintor, localizado na Casa Pedro Américo e no Museu Regional José Américo, abertos diariamente para a visitação pública.

José Américo de Almeida foi um grande incentivador das artes, além de ensaísta, administrador, ficcionista e memorialista. Como político, foi Ministro da Viação durante o primeiro Governo de Getúlio Vargas. Foi ele que institucionalizou o ensino Superior no Estado da Paraíba, destacando-se no combate à Seca como Governador do Estado. Grande precursor de uma literatura genuinamente brasileira escreveu o livro “A Bagaceira”, de 1936. O antológico “A Paraíba e Seus Problemas”, que é uma das principais referências de estudo para compreender melhor a história econômica, humana e sociológica do Estado. Em 2001 J.A.A. entrou para a lista dos dez paraibanos que melhor representa a Paraíba durante o século XX, quando foi amplamente votado pela população em eleição realizada por uma TV local.

Em Areia se encontra o Museu Regional de Areia José Américo de Almeida, onde se despojam um amplo acervo de material relativo à vida pública, cultural, econômica e religiosa do município. Também encontramos um conjunto arquitetônico de casas residenciais e prédios públicos que mantiveram as linhas originais das construções seculares. São nessas construções seculares onde podemos resgatar os vários períodos históricos.
Um dos seus mais imponentes monumentos, erguido por iniciativa de particulares. O teatro Recreio, o atual Minerva erguido por Joaquim da Silva para influenciar e acolher a inclinação cultural da cidade, sendo reconhecido como o primeiro teatro do Estado, terceiro do Nordeste, onde recebia companhias francesas, que se apresentavam em Salvador, Recife e Areia.
Durante o século XIX e início do século XX, Areia comandou, cultural e politicamente, as diretrizes do Estado da Paraíba. O município foi umas das cidades paraibanas que mais cultivou a imprensa escrita: entre 1877 e 1946, circularam na cidade cerca de dezessete jornais. A primeira escola de nível superior da Paraíba foi a Escola de Agronomia do Nordeste.
Mesmo tendo uma pequena queda no entusiasmo cultural do passado, alguns grupos de pessoas ainda resistem e insistem em manter viva a chama dos inúmeros talentos artísticos que florescem ano após ano, e que aguardam melhores oportunidades de crescimento.
Nesse cenário encontramos uma das mais fascinantes paisagens bucólicas do Estadoda Paraíba, um verdadeiro convite à convergência turística para uma cidade em constante comunhão com a natureza.

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