quarta-feira, 18 de junho de 2008

Max de Castro

Balanço das Horas
Artista: Max de Castro
Gravadora: TramaCotação: * *
Já passa da hora de Max de Castro fazer sucesso para justificar tanta expectativa em torno de seu nome. Incensado em excesso por parte da crítica, o compositor ainda não mostrou realmente a que veio. Depois de dois álbuns marcados pela pretensão, dos quais Orquestra Klaxon (2002) é o mais interessante, o artista simplificou sua fórmula e incursionou pelos ritmos brasileiros em seu terceiro disco, Max de Castro (2004). Continuou sem expressão. Incansável, ele acena para o universo pop em Balanço das Horas. A faixa-título é um rock com guitarras a la Strokes. Pode até vir a tocar no rádio, mas fica difícil identificar no CD o gênio salvador da pátria musical brasileira que alguns apressados acreditaram ver em Max.Castro enxuga sua mistura de samba-jazz, soul e samba-rock. Mas não consegue disfarçar o fato (indisfarçável) de que sua música não cativa. Nem o piano de João Donato em Programa e tampouco o suingue do bom tema instrumental Se Não Tem Remédio, Remediado Está amenizam a irregularidade do repertório autoral. Max não é compositor inspirado o suficiente para assinar, sozinho, as 11 músicas do CD. Quando ele compunha com nomes como Marcelo Yuka, Erasmo Carlos e Lulu Santos, ainda era possível destacar algumas faixas em seus álbuns. Em Balanço das Horas, o rock que batiza o disco é o único instante menos previsível de um trabalho que não decola. Sobra balanço, falta melodia. Ainda não chegou a hora de Max de Castro...


Max de Castro faz samba raro em JP
ANDRÉ CANANÉA

MAX-DE-CASTRO -
Foram quase dez anos para Max de Castro, enfim, mostrar a cara na Paraíba. Um dos melhores compositores e arranjadores da nova geração mostra hoje, em João Pessoa, e amanhã, em Campina Grande, um repertório baseado no samba de raiz, soul de primeira e uma estética contemporânea que fizeram dos seus quatro discos, marcos da música popular brasileira urbana e sofisticada. Os shows encerram, na capital e no interior, a programação do projeto Seis e Meia de junho.Carioca de nascença e paulista de criação, Max de Castro estreou com ‘Samba Raro’ em 1999. A faixa-título se tornou hit de festinhas descoladas a passarelas de moda e ajudou a catapultar a carreira do rapaz. Em apenas três anos, concebeu sua obra-prima: ‘Orquestra Klaxon’, um primor de arranjos que deu ao mundo músicas como “A vida como ela quer”, “Mais uma vez, um amor” e “Os óculos escuros de Cartola”. Segurou a onda em ‘Max de Castro’ (2005) e chegou a ‘Balanço das Horas’ (2007), onde dispensou os sintetizadores e recrutou uma tremenda banda, que inclui um naipe de metais.Acompanhado por dois músicos de sua banda – o baixista Samuel Fraga e o baterista Robinho -, Max conta que fará um show dançante baseado nesses seus dez anos de carreira. “Fico até um pouco apreensivo de fazer um show dançante no teatro (em Campina, o músico se apresenta no teatro Severino Cabral). Em geral, faço shows num espaço onde as pessoas ficam em pé, dançando”, comentou, por telefone, com o JORNAL DA PARAÍBA.Ele é uma espécie de Prince brasileiro. No som desse legado, há desde samba-rock, até o eletro-soul, numa mistura de Jorge Ben Jor com Sly & Family Stone. “Não são gêneros tão distantes. Tudo se converte. O show tem vários momentos e é bem pra cima”, avisa. O repertório tem as músicas consagradas, mas o músico pode mostrar algum material inédito. Ele anda compondo e deve entrar em estúdio muito em breve. “Em São Paulo, Brasília e nesses lugares onde eu já toquei bastante, é legal mostrar músicas novas. Mas no Nordeste, é bom mostrar para as pessoas uma noção do que eu já fiz até agora”, comenta.Max quer lançar seu novo trabalho – ainda sem título – ainda no segundo semestre deste ano, só não sabe se ainda será Trama, a gravadora que lançou os quatro álbuns do músico. “Eu vou gravar o disco primeiro, mas nem sei que tipo de formato vai ter. Não sei se vai ser independente, ou vai sair por outra gravadora. A minha necessidade, no momento, é só criar, produzir”, confessa.
Músico é filho de Wilson Simonal
Max de Castro é filho de Wilson Simonal e irmão de Simoninha – que esteve por aqui no mesmo Seis e Meia, há uns três anos. E vai ter música do “velho” no show? “Nunca me pediram para cantar músicas do meu pai. É mais fácil acontecer com meu irmão (que chegou a gravar ‘Tributo a Martin Luther King’), talvez, porque a parada dele é mais de intérprete, a minha é a de compositor, arranjador”, comenta.Max quer aproveitar a passagem por Campina Grande para conhecer o famoso Maior São João do Mundo. “Eu gosto de ouvir Luiz Gonzaga, o Jackson do Pandeiro, e tem essas coisas dos trios, que saiu ali dos anos 70, 80, e uns conceitos que acabam sendo resgatadas por grupos como o Cidadão Instigado (CE)”, conta. (AC)

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