terça-feira, 2 de março de 2010

Banda inglesa se apresentou no Rio e estará hoje em São Paulo, em espetáculo mais gigantesco do que interessante

Música. Banda inglesa se apresentou no Rio e estará hoje em São Paulo, em espetáculo mais gigantesco do que interessante
Coldplay faz megashow inócuo
Rio de Janeiro. Chuva de papel picado, lâmpadas gigantes, fogos de artifício, palco menor no meio do público, balões. O Coldplay utiliza diversos recursos para proporcionar um espetáculo grandioso, à altura da vendagem de seus discos e, consequentemente, de sua popularidade.
Isso foi visto anteontem, no Rio de Janeiro, no primeiro show do grupo no Brasil - o segundo acontece hoje, em SP.
Se nas outras duas passagens pelo país a banda foi vista em casas menores, desta vez o quarteto inglês ganhou proporções megas. O show carioca ocorreu na praça da Apoteose, para 34 mil pessoas.
E ser transformado em mega muda tudo. A produção tem de ser maior e mais cuidadosa; por isso, o show tem um roteiro a ser seguido, sem muito espaço para improvisos. Afinal, o Coldplay é uma banda que vendeu 8 milhões de cópias apenas de seu mais recente disco, "Viva la Vida" (2008). É muita gente para agradar.
E "Viva La Vida", o disco mais ambicioso da banda, é que toma as rédeas da apresentação. Das dez músicas do álbum, nove são tocadas, como "Life in Technicolor", que introduz o show para ser seguida por "Violet Hill".
Aqui, temos o Coldplay produzido por Brian Eno: um grupo que deseja criar músicas de arranjos complexos, orquestrados, além das baladas românticas.
O ponto é que o Coldplay sabe criar baladas românticas: simples, bonitas e eficientes. E ainda tateia ao tentar criar canções grandiosas, mirabolantes.
No show, ficam nítidas as diferenças entre esses dois Coldplays. "Clocks", levada por um piano contagiante; a bela "In My Place" e "Yellow", já um quase épico, criam sequência imbatível (e, durante a música, alguns balões são jogados no público; ao serem perfurados, soltam papel picado).
O vocalista Chris Martin lidera a banda. Corre pelo palco, pula, dança de um jeito desengonçado. Duas passarelas laterais se insinuam pelo público, e ali a banda apresenta algumas canções, como "God Put a Smile Upon Your Face".
Em certo momento, vários seguranças formam um cordão de passagem no meio dos fãs. É o único meio de os músicos chegarem ao palco menor, no meio da Apoteose.
Além de emprestar ares de espetáculo ao show, alguns efeitos servem, por tabela, para elevar algumas canções medianas. É o que acontece em "Lovers in Japan", tocada em meio a uma gigantesca chuva de papel em formato de borboleta. É bem bonito, e até deixamos de prestar atenção na música. 
No bis, o grupo retorna com o que faz melhor, como a lenta e emocionante "The Scientist". Mas, em seguida, Martin nos lembra de que esse é o Codplay-2010 e fecha o show com uma versão (boba) de "Life in Technicolor". Que saudade do Coldplay de cinco, seis anos atrás.

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