- Skol Beats festival já foi o maior da América Latina. Na edição deste ano terá formato com três palcos. Com estrutura menor, o evento terá uma das atrações explosivas em sua história.

- Justice. A dupla francesa toca por quase uma hora e meia e com o som muito alto, bem pesado com iluminação delirante e paranóica. Eles podem repetir no Brasil a mesma performance que realizaram no show do Coachella (EUA) Será uma das grandes atrações da edição de 2008.
- Olha só, o Skol Beats acontece em 27 de setembro (das 18h às 8h do dia seguinte), no Anhembi, em SP. O line-up do festival segue abaixo. Depois, os preços (os ingressos começaram a ser vendidos neste sábado, 23 de agosto). Os organizadores querem incentivar o público a não ir de carro ao festival.
- Com os ingressos o consumidor ganhará dois bilhetes de metrô (um para ir e outro para voltar do evento). Das estações Tietê e Barra Funda haverá ônibus para levar até o Anhembi (os ônibus levarão o público de volta às estações)
Palco Skol Live
19h às 20h45 - Killer on the Dancefloor 20h45 às 22h - Montage (Live) 22h às 23h - Mixhell (Live)23h à 0h30 - Justice (Live) 0h30 à 1h45 - DJ Marky & MC Santana1h45 às 3h - Pendulum (Live) 3h às 4h30 - Digitalism (Live)4h30 às 7h - Armin Van Buuren7h às 8h - Gui Boratto (live)
Tenda Skol Beats
20h às 22h - Mario Fischetti22h à 0h - Agoria 0h à 1h - Anderson Noise1h às 3h - Dubfire3h às 5h30 - Steve Angello & Sebastian Ingrosso5h30 às 7h - Fabrício Peçanha7h às 8h - Murphy
Tenda Terra
20h às 21h - Flow & Zeo21h às 22h - Marcelinho CIC22h à 0h - DJ MFR0h às 2h - Miguel Migs2h às 4h - Renato Cohen 4h às 6h - Christian Smith6h às 7h - Propulse7h às 8h - Blake Jarrel
Preços
Lote 1 – Até 7 de setembro: R$ 80 (R$ 40 para estudantes)
Lote 2 – Até 26 de setembro: R$ 100 (R$ 50 para estudantes)
No dia do evento: R$ 120 (R$ 60 para estudantes)
Para comprar
site: http://www.ticketmaster.com.br/
da Assessoria
Justice faz primeiro show no Brasil em setembro 
THIAGO NEY da Folha de S.Paulo
As canções possuem melodia e estrutura comuns ao rock and roll, mas são feitas a partir de batidas e de efeitos criados por aparelhos eletrônicos. Nos shows, a música é alta, agressiva e incessante. Em setembro, pela primeira vez, a potência sonora do Justice será vista no Brasil. E será o último show da dupla como a conhecemos "por um bom tempo".
Duo francês Justice não tem previsão para voltar aos palcos após shows no Brasil
A afirmação foi feita à Folha por Xavier de Rosnay, 25, que forma o duo parisiense com Gaspard Auge, 29.
Segundo ele, a extensa turnê mundial do Justice, iniciada no ano passado, será encerrada no festival Skol Beats, em 27 de setembro, em São Paulo, em local a ser definido. No MySpace da dupla:, o dia 26 de setembro está reservado para um show no Rio.)
Não há previsão de quando voltarão aos palcos.
A popularidade dos dois foi construída por meio não apenas da música, mas de jogos simbólicos. Uma das marcas do Justice é a cruz. Ela é o elemento cenográfico mais chamativo dos shows: enorme e luminosa, brilha e pulsa intensamente à frente do palco.
O único disco da dupla, de 2007, traz na capa apenas o desenho de uma cruz com o contorno dourado.
"Há mil razões para termos escolhido a cruz. Só Deus sabe... Mas usamos com todo o respeito", diz Rosnay.
Agressividade marca som da dupla francesa
Além da cruz, uma das características que moldam a imagem pop do Justice é a agressividade de suas músicas -se fosse feita com guitarra e bateria, seria chamada de heavy metal. Essa agressividade foi explicitada com imagens de violência extrema no clipe de "Stress".
O vídeo é feito de cenas em que uma gangue de jovens sai pelas ruas abusando de mulheres, quebrando carros, espancando gente de todo tipo. Dirigido por Romain-Gavras, filho do cineasta Costa-Gavras, o clipe foi chamado de, entre outras coisas, homofóbico, racista e, por supostamente incitar a violência, de irresponsável.
Emissoras de TV da Europa teriam boicotado o vídeo. Xavier de Rosnay, do Justice, comenta o episódio à Folha:
"Muitos pensam que o clipe foi recusado por emissoras de TV. Não foi nada disso. Nós não mandamos para as TVs. O vídeo foi feito para a internet. Você escolhe se quer clicar ou não para vê-lo".
"A música é violenta. Por isso precisávamos de um clipe violento. Não entendo o motivo de tanta indignação. Existe muita violência em diversos lugares e não há essa controvérsia."
O Justice já esteve no Brasil. Em novembro de 2005, fizeram DJ set em São Paulo. Mas poucos viram, pois aconteceu no mesmo dia do extinto festival Claro que é Rock.
O show
Desta vez, a dupla vem para apresentação ao vivo, com direito à enorme cruz, às paredes de amplificadores Marshall dispostas no palco e ao efervescente jogo de luzes.
Segundo Rosnay, a apresentação em São Paulo será "semelhante" à vista por este repórter no festival Coachella, nos EUA, em abril. O Justice fez o último show do último dia do evento que se esparramou por três dias. A tenda estava lotada e, durante todo o show, o público pulava como se estivesse assistindo a uma banda punk.
"Usaremos o mesmo tipo de equipamento, as mesmas luzes. Talvez mudemos algumas músicas", diz Rosnay.
O que eles mudarão, segundo o músico, é a própria estética da banda. Rosnay diz que o show no Skol Beats será o último desta turnê, e que depois a dupla ficará parada por algum tempo.
"Vamos parar após o show no Brasil. São Paulo será nosso último show por um bom tempo. Vamos tirar férias. Não sei o que virá depois, que tipo de música faremos", adianta.
Sucesso com remix
Eles podem mudar algumas músicas em relação ao show do Coachella, mas uma das faixas que certamente será ouvida no Brasil é a versão feita para "Never Be Alone", do extinto grupo inglês Simian.
De 2003, ela foi a primeira produção de Rosnay e Gaspard Auge como Justice. O primeiro era estudante de design gráfico; o segundo, fã de Metallica e integrante de uma banda de rock.
Fizeram o remix para participar de um concurso. Não ganharam, mas o trabalho caiu nas mãos de alguns DJs e, até dois anos atrás, o grudento refrão "Because we are your friends/ You'll never be alone again" ainda era uma das músicas mais tocadas nas pistas.
"Usamos apenas um sampler e um seqüenciador. E pegamos da faixa original apenas os vocais do refrão", conta Rosnay.
Simplicidade que é a razão de ser do Justice. Rosnay diz que escolheu a música eletrônica porque "era algo acessível e não muito difícil, na verdade".
A música do Justice normalmente é descrita como electro-rock, por culpa das batidas fortes, da estrutura pop (estrofe-refrão) e do visual roqueiro.
Questionado sobre o assunto, Rosnay diminui a influência roqueira: "Somos mais influenciados pela disco music do que pelo rock. Fico surpreso quando nos comparam com bandas de rock. O que fazemos é disco music moderna, distorcida".
O sucesso de faixas como "D.A.N.C.E.", "Phantom", "Waters of Nazareth" e "DVNO" gerou um sem-número de cópias pelo mundo. O francês diz não se incomodar com os clones:
"Não vejo problema nenhum, contanto que seja boa e tenha algo de original. Há muitos garotos fazendo música em casa, e certamente sempre vão dizer que suas músicas parecem com algo que já foi feito".

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