Edney Souza e a blogagem coletiva
Postado por mcavalcanti
Por Mario Lima Cavalcanti (*)
Ele é o fundador de um dos blogs mais famosos e visitados do Brasil, o InterNey. E é conhecido também por ser um articulador incansável de idéias interessantes no meio online, entre elas, o InterNey Blogs, rede de weblogs brasileiros inspirada no modelo do grupo americano Gawker Media. Considerado inclusive pelo site IDG Now! como "o primeiro empresário do ramo dos blogs no Brasil", Edney Souza lançou recentemente um novo projeto, o Blogueiro Repórter, que objetiva reunir posts originais de blogueiros, baseados em apurações. Desse projeto, surgirá uma nova revista impressa de variedades, que será feita em conjunto com a Mythos Editora e em breve estará no mercado.
O Blogueiro Repórter, antes chamado de Blogagem Inédita (o nome foi alterado para traduzir melhor o tipo de contribuição que Edney espera com essa blogagem coletiva), teve sua primeira edição realizada no último mês de março e recebeu 170 posts originais sobre temas ciências, negócios, arte, entretenimento, tecnologia e política.
Em entrevista via Live Messenger concedida ao JW, Edney falou sobre o projeto Blogueiro Repórter e a nova revista impressa.
JW - No post oficial que explica a proposta da blogagem coletiva, você diz que sente falta de conteúdo apurado pelos blogueiros. Como você tem orientado os participantes do Blogueiro Repórter em relação ao que essencialmente é um conteúdo apurado?
Edney - Os posts produzidos para o Blogueiro Repórter devem conter fonte, no sentido jornalístico da palavra, algum tipo de apuração, e que não utilizem material pronto da mídia tradicional ou de outros blogs como fonte. Coloquei links para a Wikipedia explicando o que vem a ser fonte e apuração.
JW - Em termos de posts originais, a primeira rodada do projeto atingiu suas expectativas?
Edney - Sim, ficou um pouco abaixo quando olho pra alguns posts específicos, mas no geral me surpreendeu. Houve bastante adesão e alguns posts de excelente qualidade.
JW - Você tem uma idéia do perfil de quem participou dessa primeira rodada? A maioria foi formada por não-jornalistas profissionais?
Edney - Não tenho uma idéia clara do perfil. Geralmente a participação no meu blog possui uma repercussão significativa de jornalistas. Se eu tivesse que dar um "chutão", diria que foram pelo menos 30% de jornalistas entre os participantes.
JW - A partir do Blogueiro Repórter está nascendo uma revista impressa, a Vox Blog ou Vox Blogs [até o fechamento desse artigo, o nome definitivo não havia sido escolhido]. Qual será a periodicidade?
Edney - Mensal.
JW - Em geral, as revistas buscam uma homogeneidade, independente de qual seja o foco de seu conteúdo, para que se tornem úteis e/ou atraentes para seus leitores. Nesse sentido, que perfil está sendo dado para a revista? Mesmo possuindo várias editorias, vai tender mais para algum assunto?
Edney - Quanto ao conteúdo, creio que será uma revista mais no estilo da Seleções. O objetivo primário da compra não é se informar ou se aprofundar num determinado mercado, mas sim passar um tempo agradável lendo textos interessantes.
JW - Quantas pessoas estão envolvidas nesse posicionamento da revista? Já existe uma data certa para lançamento?
Edney - Ainda não tem uma data 100% fechada. De certa forma esse tempo para a blogagem coletiva do Blogueiro Repórter também será usado para refinar a proposta, inclusive com os feedbacks recebidos. Estão envolvidos Mythos Editora, InterNey Blogs e Dihitt. Não sei responder precisamente quantas pessoas estão envolvidas em cada empresa.
JW - A concepção da publicação segue diversas tendências online, de conteúdo colaborativo, de proposta de remuneração coletiva entre outros. Você tem pesquisado projetos que seguem essa linha de conteúdo online reforçando ou dando frutos a publicações impressas?
Edney - O Google teve uma iniciativa de vender anúncios online para publicações offline. Hoje no Brasil, muitas publicações deixam todo o seu conteúdo disponível na Web. E isso não acaba com a venda da publicação em bancas. Como estamos numa fase de transição diferente aqui no Brasil em relação ao restante do mundo, acredito que uma revista produzida para quem não tem muito tempo online disponível é viável. Boa parte da população acessa Web apenas em LAN houses e o custo do tempo não justifica ler textos mais longos. Essa revista pode viabilizar a leitura desses textos por um preço menor ao que ele pagaria para acessar o mesmo conteúdo na LAN house.
JW - Mas para esse publico, digamos, mais offline, vocês terão que fazer uma campanha específica para mostrar o objetivo da revista, ou seja, defender a proposta perante outras publicações que esse público está acostumado a comprar, já que é produzida para quem não tem muito tempo online disponível.
Edney - A idéia é que cada colaborador seja um agente dessa publicação. Foram 170 colaboradores na primeira edição. Acredito que a segunda tenha mais colaboradores. Eles serão os "evangelistas" dessa revista junto as pessoas de sua rede de influência em casa, na família, no trabalho, na escola etc. A maioria das tentativas anteriores peca por ser autoral demais. Essa revista não é minha ou da Mythos, é de toda a blogosfera. Todo blogueiro que quer que seu conteúdo seja levado para um público diferente é agente replicador dessa idéia. Temos 2,2 milhões de blogs em lingua portuguesa. Cerca de 0,6% disso convencendo uma pessoa a comprar a revista irá esgotar a edição. Por isso queremos abrir o projeto o máximo possível e permitir que todo mundo palpite, dê idéias, critique. Não queremos fazer a revista do nosso jeito, mas com a cara que a parte da blogosfera interessada no projeto definir.
JW - Apenas para entender melhor a estratégia de marketing envolvida. Um blogueiro pode evangelizar seu colega de trabalho, que também costuma ficar muito tempo online. E esse exemplo é algo que pode acontecer em escala maior. Isso poderia ir de encontro com a proposta inicial da revista de atingir um público que não tem muito tempo online disponível, não?
Edney - Esse blogueiro tem pessoas em casa com hábitos diferentes do dele, pessoas na academia, pessoas no consultório médico, pessoas na mesma empresa em outros departamentos. Você está focando nas semelhanças e esquecendo das diferenças. Ninguém tem 100% da família e amigos hoje 100% online, a não ser que você tenha entre 18 e 25 anos e seja de classe média alta.
JW - Certamente não esqueci das diferenças. Estou falando em probabilidades. Por isso citei um colega de trabalho com hábitos semelhantes (que também costuma ficar muito tempo online). Não haverá então, em princípio, outra estratégia de marketing para atingir o público esperado?
Edney - Temos diversas idéias que serão amadurecidas durante esse tempo de concepção da revista, mas certamente não vou contar com uma única alternativa. Nunca baseei meus negócios em uma única estratégia. O princípio básico para qualquer coisa falhar é não ter um plano de contingência. E sobre marketing particularmente prefiro falar do que foi feito em vez do que vou fazer. Além de ter liberdade para trabalhar, gera mais surpresa e impacto.
JW - Qual será o alcance da distribuição e como ela será feita?
Edney - Distribuição tradicional, da mesma forma como a Mythos faz com suas outras publicações. É possível que também vendamos pelo site ou talvez até que se distribua gratuitamente se algum patrocinador bancar os custos. Então é um pouco cedo para pensar em distribuição, mas já temos o esquema tradicional garantido. E dependendo de como for a venda dos anúncios, isso pode compor a estratégia de marketing.
JW - Quando perguntei sobre alcance da distribuição, estava me referindo a termos geográficos. Você tem idéia?
Edney - A distribuidora que a Mythos utiliza é a Fernando Chinaglia [uma das principais distribuidoras de revistas do Brasil]. Se adotaremos alguma estratégia diferenciada para essa revista ou a mesma de alguma outra publicação da editora eu não sei lhe precisar. Como eu te disse, não é 100% dos processos que estão sobre minha organização.
JW - Segundo o post oficial sobre a revista, é desejo de vocês que ela se pague e dê lucro. Você planeja ou imagina, para esse projeto, algum vínculo entre impresso e online em termos de publicidade?
Edney - Sim. A revista terá site próprio, os blogueiros têm site próprio. Pode ser fechado um acordo de publicidade envolvendo a colocação de mídia não apenas na versão impresa da revista, mas nos veículos online que colaboram com a publicação.
JW - É sempre interessante fazer perguntas envolvendo publicidade e marketing, pois quero que todos, sejam estudantes, profissionais do meio online, jornalistas ou pesquisadores, passem a pensar mais nisso, no fato de que publicidade, jornalismo e marketing caminham cada vez mais juntos. Claro que aqui no Brasil o cenário de publicidade online está bem fraco. A mentalidade é outra, diferente do Reino Unido ou dos Estados Unidos, por exemplo.
Edney - Sim, inclusive a publicação offline deve quebrar alguns preconceitos sobre publicidade em blog, na minha opinião. Estamos viciados a uns 50 a 100 blogs como se fossem os únicos dignos de atenção publicitária, quando na verdade tem diversos blogs interessantes por aí que pretendo revelar com iniciativas como esta. Tem aquele preconceito por parte da maioria do mercado de que o conteúdo nos blogs é fraco. Para alguns isso é uma auto-afirmação desnecessária. Eu acho que é uma oportunidade de legitimação. O que me incomoda é a blogosfera inteira ser tratada como uma coisa só, quando na verdade existe um monte de grupos com propósitos distintos. E em 2,2 milhões dá pra existir muitos grupos grandes. Um desses grandes grupos é o que produz conteúdo relevante com qualidade suficiente para ser aproveitado de forma publicitária, através de patrocínio, anúncio, etc.
Interessados em participar da segunda edição do Blogueiro Repórter poderão encontrar as instruções na página oficial do projeto.
*Mario Lima Cavalcanti é diretor executivo do JW.
Postado por mcavalcanti
Por Mario Lima Cavalcanti (*)
Ele é o fundador de um dos blogs mais famosos e visitados do Brasil, o InterNey. E é conhecido também por ser um articulador incansável de idéias interessantes no meio online, entre elas, o InterNey Blogs, rede de weblogs brasileiros inspirada no modelo do grupo americano Gawker Media. Considerado inclusive pelo site IDG Now! como "o primeiro empresário do ramo dos blogs no Brasil", Edney Souza lançou recentemente um novo projeto, o Blogueiro Repórter, que objetiva reunir posts originais de blogueiros, baseados em apurações. Desse projeto, surgirá uma nova revista impressa de variedades, que será feita em conjunto com a Mythos Editora e em breve estará no mercado.
O Blogueiro Repórter, antes chamado de Blogagem Inédita (o nome foi alterado para traduzir melhor o tipo de contribuição que Edney espera com essa blogagem coletiva), teve sua primeira edição realizada no último mês de março e recebeu 170 posts originais sobre temas ciências, negócios, arte, entretenimento, tecnologia e política.
Em entrevista via Live Messenger concedida ao JW, Edney falou sobre o projeto Blogueiro Repórter e a nova revista impressa.
JW - No post oficial que explica a proposta da blogagem coletiva, você diz que sente falta de conteúdo apurado pelos blogueiros. Como você tem orientado os participantes do Blogueiro Repórter em relação ao que essencialmente é um conteúdo apurado?
Edney - Os posts produzidos para o Blogueiro Repórter devem conter fonte, no sentido jornalístico da palavra, algum tipo de apuração, e que não utilizem material pronto da mídia tradicional ou de outros blogs como fonte. Coloquei links para a Wikipedia explicando o que vem a ser fonte e apuração.
JW - Em termos de posts originais, a primeira rodada do projeto atingiu suas expectativas?
Edney - Sim, ficou um pouco abaixo quando olho pra alguns posts específicos, mas no geral me surpreendeu. Houve bastante adesão e alguns posts de excelente qualidade.
JW - Você tem uma idéia do perfil de quem participou dessa primeira rodada? A maioria foi formada por não-jornalistas profissionais?
Edney - Não tenho uma idéia clara do perfil. Geralmente a participação no meu blog possui uma repercussão significativa de jornalistas. Se eu tivesse que dar um "chutão", diria que foram pelo menos 30% de jornalistas entre os participantes.
JW - A partir do Blogueiro Repórter está nascendo uma revista impressa, a Vox Blog ou Vox Blogs [até o fechamento desse artigo, o nome definitivo não havia sido escolhido]. Qual será a periodicidade?
Edney - Mensal.
JW - Em geral, as revistas buscam uma homogeneidade, independente de qual seja o foco de seu conteúdo, para que se tornem úteis e/ou atraentes para seus leitores. Nesse sentido, que perfil está sendo dado para a revista? Mesmo possuindo várias editorias, vai tender mais para algum assunto?
Edney - Quanto ao conteúdo, creio que será uma revista mais no estilo da Seleções. O objetivo primário da compra não é se informar ou se aprofundar num determinado mercado, mas sim passar um tempo agradável lendo textos interessantes.
JW - Quantas pessoas estão envolvidas nesse posicionamento da revista? Já existe uma data certa para lançamento?
Edney - Ainda não tem uma data 100% fechada. De certa forma esse tempo para a blogagem coletiva do Blogueiro Repórter também será usado para refinar a proposta, inclusive com os feedbacks recebidos. Estão envolvidos Mythos Editora, InterNey Blogs e Dihitt. Não sei responder precisamente quantas pessoas estão envolvidas em cada empresa.
JW - A concepção da publicação segue diversas tendências online, de conteúdo colaborativo, de proposta de remuneração coletiva entre outros. Você tem pesquisado projetos que seguem essa linha de conteúdo online reforçando ou dando frutos a publicações impressas?
Edney - O Google teve uma iniciativa de vender anúncios online para publicações offline. Hoje no Brasil, muitas publicações deixam todo o seu conteúdo disponível na Web. E isso não acaba com a venda da publicação em bancas. Como estamos numa fase de transição diferente aqui no Brasil em relação ao restante do mundo, acredito que uma revista produzida para quem não tem muito tempo online disponível é viável. Boa parte da população acessa Web apenas em LAN houses e o custo do tempo não justifica ler textos mais longos. Essa revista pode viabilizar a leitura desses textos por um preço menor ao que ele pagaria para acessar o mesmo conteúdo na LAN house.
JW - Mas para esse publico, digamos, mais offline, vocês terão que fazer uma campanha específica para mostrar o objetivo da revista, ou seja, defender a proposta perante outras publicações que esse público está acostumado a comprar, já que é produzida para quem não tem muito tempo online disponível.
Edney - A idéia é que cada colaborador seja um agente dessa publicação. Foram 170 colaboradores na primeira edição. Acredito que a segunda tenha mais colaboradores. Eles serão os "evangelistas" dessa revista junto as pessoas de sua rede de influência em casa, na família, no trabalho, na escola etc. A maioria das tentativas anteriores peca por ser autoral demais. Essa revista não é minha ou da Mythos, é de toda a blogosfera. Todo blogueiro que quer que seu conteúdo seja levado para um público diferente é agente replicador dessa idéia. Temos 2,2 milhões de blogs em lingua portuguesa. Cerca de 0,6% disso convencendo uma pessoa a comprar a revista irá esgotar a edição. Por isso queremos abrir o projeto o máximo possível e permitir que todo mundo palpite, dê idéias, critique. Não queremos fazer a revista do nosso jeito, mas com a cara que a parte da blogosfera interessada no projeto definir.
JW - Apenas para entender melhor a estratégia de marketing envolvida. Um blogueiro pode evangelizar seu colega de trabalho, que também costuma ficar muito tempo online. E esse exemplo é algo que pode acontecer em escala maior. Isso poderia ir de encontro com a proposta inicial da revista de atingir um público que não tem muito tempo online disponível, não?
Edney - Esse blogueiro tem pessoas em casa com hábitos diferentes do dele, pessoas na academia, pessoas no consultório médico, pessoas na mesma empresa em outros departamentos. Você está focando nas semelhanças e esquecendo das diferenças. Ninguém tem 100% da família e amigos hoje 100% online, a não ser que você tenha entre 18 e 25 anos e seja de classe média alta.
JW - Certamente não esqueci das diferenças. Estou falando em probabilidades. Por isso citei um colega de trabalho com hábitos semelhantes (que também costuma ficar muito tempo online). Não haverá então, em princípio, outra estratégia de marketing para atingir o público esperado?
Edney - Temos diversas idéias que serão amadurecidas durante esse tempo de concepção da revista, mas certamente não vou contar com uma única alternativa. Nunca baseei meus negócios em uma única estratégia. O princípio básico para qualquer coisa falhar é não ter um plano de contingência. E sobre marketing particularmente prefiro falar do que foi feito em vez do que vou fazer. Além de ter liberdade para trabalhar, gera mais surpresa e impacto.
JW - Qual será o alcance da distribuição e como ela será feita?
Edney - Distribuição tradicional, da mesma forma como a Mythos faz com suas outras publicações. É possível que também vendamos pelo site ou talvez até que se distribua gratuitamente se algum patrocinador bancar os custos. Então é um pouco cedo para pensar em distribuição, mas já temos o esquema tradicional garantido. E dependendo de como for a venda dos anúncios, isso pode compor a estratégia de marketing.
JW - Quando perguntei sobre alcance da distribuição, estava me referindo a termos geográficos. Você tem idéia?
Edney - A distribuidora que a Mythos utiliza é a Fernando Chinaglia [uma das principais distribuidoras de revistas do Brasil]. Se adotaremos alguma estratégia diferenciada para essa revista ou a mesma de alguma outra publicação da editora eu não sei lhe precisar. Como eu te disse, não é 100% dos processos que estão sobre minha organização.
JW - Segundo o post oficial sobre a revista, é desejo de vocês que ela se pague e dê lucro. Você planeja ou imagina, para esse projeto, algum vínculo entre impresso e online em termos de publicidade?
Edney - Sim. A revista terá site próprio, os blogueiros têm site próprio. Pode ser fechado um acordo de publicidade envolvendo a colocação de mídia não apenas na versão impresa da revista, mas nos veículos online que colaboram com a publicação.
JW - É sempre interessante fazer perguntas envolvendo publicidade e marketing, pois quero que todos, sejam estudantes, profissionais do meio online, jornalistas ou pesquisadores, passem a pensar mais nisso, no fato de que publicidade, jornalismo e marketing caminham cada vez mais juntos. Claro que aqui no Brasil o cenário de publicidade online está bem fraco. A mentalidade é outra, diferente do Reino Unido ou dos Estados Unidos, por exemplo.
Edney - Sim, inclusive a publicação offline deve quebrar alguns preconceitos sobre publicidade em blog, na minha opinião. Estamos viciados a uns 50 a 100 blogs como se fossem os únicos dignos de atenção publicitária, quando na verdade tem diversos blogs interessantes por aí que pretendo revelar com iniciativas como esta. Tem aquele preconceito por parte da maioria do mercado de que o conteúdo nos blogs é fraco. Para alguns isso é uma auto-afirmação desnecessária. Eu acho que é uma oportunidade de legitimação. O que me incomoda é a blogosfera inteira ser tratada como uma coisa só, quando na verdade existe um monte de grupos com propósitos distintos. E em 2,2 milhões dá pra existir muitos grupos grandes. Um desses grandes grupos é o que produz conteúdo relevante com qualidade suficiente para ser aproveitado de forma publicitária, através de patrocínio, anúncio, etc.
Interessados em participar da segunda edição do Blogueiro Repórter poderão encontrar as instruções na página oficial do projeto.
*Mario Lima Cavalcanti é diretor executivo do JW.

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