Sex and the City, um filme de amores? 
“Amor”. Palavra mágica, senha, símbolo nochaveiro, mantra que as quatro solteiras de Nova York vão repetir ao longo das exageradas duas horas e meia de projeção. (Uma das marcas da série de TV era uma certa agilidade em contar histórias, o que se perde completamente no ritmo do filme.)
Durante os dois anos em que a série esteve em cartaz no Brasil, Carrie, Miranda, Charlote e Samantha levavam a sério a idéia que elas pretendiam encarnar: uma “virada” contra o romantismo, no desafio de “fazer sexo como homens”.
Televisão não pretende ter profundidade. Portanto, o que valia mesmo eram os personagens estereotipados de cada uma delas, encarnando um modelo de mulher:
Charlote, a romântica que faz o contraponto com as outras, mas que no filme parece a mais racional de todas;
Miranda, a executiva durona, que no filme tenta cumprir aquilo que esperam dela, mas não dá conta de tudo;
Samantha, a franco-atiradora que coleciona mais homens do que os sapatos de Carrie, e que no filme trocou Nova York por Los Angelas e acreditou em manter aceso o fogo da paixão na vida cotidiana;
Carrie, a mocinha que curtia tanto a sua liberdade quanto sonhava com o homem perfeito, numa relação perfeita, mas também tinha o bom-senso de questionar todos esses sonhos nas colunas que escrevia semanalmente para o jornal. Seu amor pelo impossível Mr. Big pontuava a série e vai pontuar o filme.
As quatro viviam, assim, a idéia de que mulheres, tendo se libertado da obrigação de ter um marido, poderiam ser solteiras e felizes e só largariam essa independência se fosse por uma relação que realmente valesse a pena.
Quando a série de TV acabou, Carrie e Mr. Big voltaram a ficar juntos, de novo namorando. Quando o filme começa, esse namoro já dura anos e enfim parece que os dois vão dividir o mesmo teto. (Se você ainda não viu o filme, não vou contar a história, pode deixar.)
Parecia razoável, racional, adulto, maduro.
Até que Carrie cai no conto de fadas, no apelo dos vestidos de noiva, na força do modelo convencional de um casamento perfeito. É na tentativa de se encaixar a um padrão que tudo dá errado. De certa forma, o filme é sobre as nossas expectativas românticas, das quais ainda não nos livramos totalmente. O que Carrie diz é que ainda sonhamos com o príncipe encantado, que vai nos dar uma vida de sonhos e um closet para todos os nossos sapatos de princesa.
O modelo é pesado demais e, ao invés de nos levar à felicidade, leva à ruína pela pressão que exerce, pelas expectativas exageradas que cria.
Ninguém, hoje, em sã consciência, pode acreditar no “sejam felizes para sempre”. Aceitar dizê-lo diante de 200 convidados é comprometer-se não com o impossível, porque o impossível também acontece, mas com o inalcançável sonho da perfeição.
Ser feliz todos os dias, pelo menos um pouco, já é bom o suficiente.
Sem isso, faça como a Samantha e vá cuidar da vida. Mais do que isso é pedir demais de um relacionamento amoroso.
O amor, a tal palavra mágica que carrega o filme, não tem esse poder todo. O que não é mau, porque nos obriga a encontrar felicidades em diversas outras fontes. Entram em cena “os amores”, pelo companheiro, pelas amigas, pela própria vida, pelos filhos ou sobrinhos, pelos cachorros, pelos livros, vestidos e até pelos sapatos.
Veja o trailler oficial do filme e veja o filme, que vale como fecho de uma série que quis - e nos EUA, conseguiu - ser emblemática de um momento da vida e da cultura feminina.

“Amor”. Palavra mágica, senha, símbolo nochaveiro, mantra que as quatro solteiras de Nova York vão repetir ao longo das exageradas duas horas e meia de projeção. (Uma das marcas da série de TV era uma certa agilidade em contar histórias, o que se perde completamente no ritmo do filme.)
Durante os dois anos em que a série esteve em cartaz no Brasil, Carrie, Miranda, Charlote e Samantha levavam a sério a idéia que elas pretendiam encarnar: uma “virada” contra o romantismo, no desafio de “fazer sexo como homens”.
Televisão não pretende ter profundidade. Portanto, o que valia mesmo eram os personagens estereotipados de cada uma delas, encarnando um modelo de mulher:Charlote, a romântica que faz o contraponto com as outras, mas que no filme parece a mais racional de todas;
Miranda, a executiva durona, que no filme tenta cumprir aquilo que esperam dela, mas não dá conta de tudo;
Samantha, a franco-atiradora que coleciona mais homens do que os sapatos de Carrie, e que no filme trocou Nova York por Los Angelas e acreditou em manter aceso o fogo da paixão na vida cotidiana;
Carrie, a mocinha que curtia tanto a sua liberdade quanto sonhava com o homem perfeito, numa relação perfeita, mas também tinha o bom-senso de questionar todos esses sonhos nas colunas que escrevia semanalmente para o jornal. Seu amor pelo impossível Mr. Big pontuava a série e vai pontuar o filme.
As quatro viviam, assim, a idéia de que mulheres, tendo se libertado da obrigação de ter um marido, poderiam ser solteiras e felizes e só largariam essa independência se fosse por uma relação que realmente valesse a pena.

Quando a série de TV acabou, Carrie e Mr. Big voltaram a ficar juntos, de novo namorando. Quando o filme começa, esse namoro já dura anos e enfim parece que os dois vão dividir o mesmo teto. (Se você ainda não viu o filme, não vou contar a história, pode deixar.)
Parecia razoável, racional, adulto, maduro.
Até que Carrie cai no conto de fadas, no apelo dos vestidos de noiva, na força do modelo convencional de um casamento perfeito. É na tentativa de se encaixar a um padrão que tudo dá errado. De certa forma, o filme é sobre as nossas expectativas românticas, das quais ainda não nos livramos totalmente. O que Carrie diz é que ainda sonhamos com o príncipe encantado, que vai nos dar uma vida de sonhos e um closet para todos os nossos sapatos de princesa.
O modelo é pesado demais e, ao invés de nos levar à felicidade, leva à ruína pela pressão que exerce, pelas expectativas exageradas que cria.
Ninguém, hoje, em sã consciência, pode acreditar no “sejam felizes para sempre”. Aceitar dizê-lo diante de 200 convidados é comprometer-se não com o impossível, porque o impossível também acontece, mas com o inalcançável sonho da perfeição.
Ser feliz todos os dias, pelo menos um pouco, já é bom o suficiente.
Sem isso, faça como a Samantha e vá cuidar da vida. Mais do que isso é pedir demais de um relacionamento amoroso.
O amor, a tal palavra mágica que carrega o filme, não tem esse poder todo. O que não é mau, porque nos obriga a encontrar felicidades em diversas outras fontes. Entram em cena “os amores”, pelo companheiro, pelas amigas, pela própria vida, pelos filhos ou sobrinhos, pelos cachorros, pelos livros, vestidos e até pelos sapatos.
Veja o trailler oficial do filme e veja o filme, que vale como fecho de uma série que quis - e nos EUA, conseguiu - ser emblemática de um momento da vida e da cultura feminina.

Sex and the City - O Filme (Sex and the City: The Movie)
Elenco: Sarah Jessica Parker, Kristin Davis, Kim Cattrall, Cynthia Nixon, Jason Lewis, David Eigenberg, Chris Noth, Evan Handler, Jennifer Hudson.
Direção: Michael Patrick King
Gênero: Comédia Romântica
Distribuidora: Fox Film
Estréia: 6 de Junho de 2008
Sinopse: Quatro jovens, desejáveis e cheias de desejo. Amigas inseparáveis na selva urbana de Nova York, trocando confidências sobre seus confusos relacionamentos sempre em mutação, tão diferentes quanto suas naturezas.
Descubra o que aconteceu com Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda, 4 anos depois do episódio final da série de sucesso, vencedora de 5 Prêmios Emmy e8 Prêmios Globo de Ouro.
Curiosidades: » 'Sex and the City' foi uma série popular americana, baseada num livro com o mesmo nome de Candace Bushnell. Foi originalmente transmitida pela cadeia HBO, de 1998 até 2004. Passada na cidade de Nova Iorque, a série focava nas relações íntimas de quatro mulheres que eram amigas, três das quais nos trinta, e uma, Samantha, nos seus quarenta.
Curiosidades: » 'Sex and the City' foi uma série popular americana, baseada num livro com o mesmo nome de Candace Bushnell. Foi originalmente transmitida pela cadeia HBO, de 1998 até 2004. Passada na cidade de Nova Iorque, a série focava nas relações íntimas de quatro mulheres que eram amigas, três das quais nos trinta, e uma, Samantha, nos seus quarenta.


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