
Depois de cinco anos, O Rappa volta a lançar um álbum de inéditas. E a música de trabalho deste sétimo CD é “Monstro Invisível”, single que será lançado em julho. “Sete é um número maneiro”, diz Falcão, o vocalista da banda carioca, se referindo ao novo disco do grupo, ainda sem nome definido. Sobre o título do CD, Falcão faz mistério. “Posso te dizer que é um símbolo que diz tudo”, admite. Em recente entrevista, o porta-voz do Rappa conta que a banda já fez a foto da capa do CD, e que o disco será lançado no fim de agosto no Canecão, Rio de Janeiro. “Estamos finalmente terminando o disco. Não tem nome ainda, pois isso é ‘segredo de estado’. Mas tem muita coisa diferente. Instrumentos inusitados, papos diversos... Enfim, tentando escapar da mesmice que impera. Ricardo Vidal e Tom Sabóia estão ralando iguais a uns condenados, mas o clima é de diversão”, diz o cantor.Falcão conta ainda que está terminando de colocar as vozes nas músicas. “Negralha e Marcos Lobato estão gravando as últimas coisas que ficaram pendentes. Enfim, reta final. Que alegria!”, comemora. “Demorou, mas está preste a sair. Acho que iria demorar mais não fosse a dupla Batman e Robin (Vidal e Sabóia). Eles destrincharam o nosso processo de composição e gravação. É bom ter gente de fora com outras perspectivas. Mas não me perguntem quem é o menino prodígio, ninguém quem ser o Robin”, diverte-se, Falcão.Sobre as letras das músicas – sempre engajadas e politizadas até a saída de Marcelo Yuka –, Falcão acredita que as composições deste novo CD não devem em nada às músicas feitas por Yuka. “No momento em que ficamos os quatro lá no estúdio, depois dessa separação, nós tivemos que recomeçar. Criamos um bom material, não tinha nada antigo, como foi no disco anterior, no qual nós gravamos sobras do Rappa Mundi. Foi legal contar com letristas inusitados, como o caso do Carlos Pombo, que escreveu “O Salto”, do Rodrigo Valle (co-autor de “Reza Vela”), que é nosso técnico de monitor”, diz. E sobre a “acusação” de críticos e fãs que afirmaram que as músicas do CD O Silêncio que Precede o Esporro (Warner) ficaram menos explícitas que as anteriores, Falcão tem a resposta: “Não teve nada premeditado para que fosse mais leve, mas tinha esse sentimento de querer fazer coisas diferentes. As letras do Yuka, eu já tinha falado isso para ele, são um papel escrito. A partir do momento que essa letra chegava nas mãos do Rappa, de nós todos, ela se transformava, virava a maneira do Falcão cantar, a maneira que o Lobato tem de dar uma zoada. E nós não temos medo de ter convivido com essa nossa decisão de o Yuka fazer as coisas que ele quer para a vida dele. Agora, nós fazermos o que bem entendemos pelo Rappa”, defende-se, Falcão. “Nós continuamos falando do cotidiano, cada vez com mais sensibilidade em falar de uma forma mais poética, menos dramática, menos dolorido, rancoroso”, emenda. O cantor, que estava de malas prontas para se apresentar em quatro shows nos Estados Unidos, cancelou a viagem. “A imigração não liberou os nossos vistos de entrada a tempo e teremos que adiar mais uma vez nossa ida aos EUA. Paciência. Teremos mais tempo para cuidar do nosso disco novo”, avalia. (da Epnews)

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